domingo, 12 de janeiro de 2020

A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
TEXTO BASE: 1 Coríntios 15: 20-23,50-56

INTRODUÇÃO

A Doutrina da Ressurreição é um das mais importantes Ensinos da Fé Cristã. Ela é o grande lenitivo do Cristianismo porque é garantia de que a vida não se encerra na sepultura; ela determina o triunfo sobre a morte, quando o corpo do salvo emergirá do pó para a conquista da imortalidade e da incorrupção ao ser glorificado.  
A palavra ressurreição vem do termo grego Anastasis que significa levantar, subir, tornar a viver, levantar-se dentre os mortos. Embora haja outros termos gregos traduzidos por ressurreição, Anastasis é o que aparece nas referências escatológicas para se referir a Ressurreição Universal e Corpórea.
Neste estudo nosso foco é mostrar a Fundamentação Bíblica sobre o Retorno à Vida e abordar os detalhes da Ressurreição dos Justos e dos Ímpios e, por conseguinte, apresentar a natureza do corpo ressurreto.

1.    FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS

1.1 A Realidade da Ressurreição dos Mortos: Mesmo havendo a negação e muitas heresias acerca do retorno à vida, a Ressurreição dos Mortos é uma realidade incontestável. No AT, essa doutrina não era tão definida, embora sua crença fosse visível. No NT, portanto, a Doutrina da Ressurreição faz parte da centralidade doutrinária da fé Cristã e é descrita com muitos detalhes.
a) O Ensino da Ressurreição no AT: Ainda que a concepção acerca da Ressurreição não fosse tão detalhada, percebe-se que os irmãos neotestamentárias possuíam uma esperança da vida pós-morte. O escritor aos hebreus afirma que Abraão “... cria que Deus era poderoso para ressuscitar Isaque dentre os mortos...” [cp. Hb. 11: 18; Gn. 22:5]. Ainda na era patriarcal, quando nada da Bíblia tinha sido escrito, os servos de Deus criam na ressurreição dos mortos, pois foi Jesus que deu as evidências desse pensamento. [Mt. 22:31,32]. A primeira menção direta da Ressurreição se encontra no cântico de Ana: “O Senhor... faz descer à sepultura e faz subir dela” [1 Sm. 2:6 ACF]. A Ressurreição, também é falada nos escritos poéticos [Jó 19:23-27; Sl. 49:15] e bem mais claramente, nos livros proféticos [cf. Is. 26:19;Ez.3:11,12; Dn. 12:2; Os. 6:2;13:14], sendo as profecias de Daniel e Oseias as mais famosas. Paulo cita Oseias no seu ensino sobre o tema [ Cp. 1 Co. 15: 54:55; Os. 13:14].
b) A Doutrina da Ressurreição no NT: Nos tempos de Cristo e dos apóstolos existiam algumas heresias relacionadas à Ressurreição: A Doutrina dos Saduceus que negavam a realidade da Ressurreição [Mc. 12:18-23; At. 23:8];  A influência de uma doutrina pagã [filosofia gnóstica] presente em Corinto, de que o corpo [matéria irremediavelmente má] era extinto com a morte física, logo a ressurreição corporal não seria possível ou necessária [cf. 1 Co. 11:12], e ainda, os ensinos heréticos dos apóstatas Himeneu e Fileto os quais desviaram alguns da fé. Sua doutrina dizia que a Ressurreição não era uma esperança futura, e sim, já ocorrida num nível espiritual, [cf. 2Tm. 2.16-18]. No entanto, a Ressurreição Corporal e Escatológica é uma realidade comprovada nos ensinos de Cristo Evangelhos [Jo. 5:25,28,29; Lc. 14:14]; em Atos, na pregação de Pedro e João [4:2] e na defesa de Paulo diante de Félix [24:15]; nas epístolas, principalmente na doutrina paulina [1 Co 15:12-55; Rm. 6:5; Fp. 3:11; 1 Ts. 4:16; cp. Hb. 11:35] e no Apocalipse [20:4-6].  O Capítulo 15 de 1 Coríntios é o texto mais completo sobre o assuntos, seja do ponto de vista apologético, seja da consistência doutrinária da Igreja ou do conforto devocional.  
1.2 Tipos de Ressurreição: O Ensino da Ressurreição nas Escrituras pode ser dividido em quatro tipos: Simbólica, Espiritual, Física Temporária e Física Absoluta.
a) A Ressurreição Simbólica: Diz respeito à Ressurreição Nacional referente à Israel. O povo, em consequência de seus pecados foi espalhado pelo mundo e “morreu” como Nação [Ez. 36:17-19].  Portanto, a promessa divina era que Israel seria reunido e ressuscitado, do ponto de vista social, político e espiritual [Dt. 4:27,28; Ez. 36:24; 37:13,14; Jr. 24:6,7; Am. 9:14,15]. Nacionalmente, a restauração ocorreu em 1948 e espiritualmente se dará no final da Grande Tribulação com a vinda de Jesus em glória [Zc. 12:10]. Ficar atento a Israel é crucial, porque essa Nação é considerada o Relógio de Deus no cenário profético [Lc. 21:29-31].
b) A Ressurreição Espiritual: Teologicamente falando, todos o seres humanos morreram em Adão [1 Co 15:22]. Ao aceitar a Cristo como Salvador, o Espírito Santo opera a Regeneração [Tt. 3:5 ] e através deste ato Deus nos ressuscitou em Cristo [Ef. 2:1,5; Cl. 2:12,13]. Essa ressurreição é espiritual, pois Paulo disse: “E nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” [Ef. 2:6]. Todavia, nada tem a ver com a ressurreição espiritual dos hereges, que negam a realidade de uma ressureição corporal, apenas diz respeito à mudança do estado de morte pelo pecado de Adão para uma posição de vida, pela justiça de Cristo. [Jo 5:24]. É interessante estudar esse tema porque só quem “ressuscitou com Cristo”, no âmbito espiritual, fará parte da Primeira Ressurreição concernente ao corpo.
c) A Ressurreição Física Temporária: Chama-se de Ressurreição Temporária ou Parcial àquela em que a pessoa volta à vida com limitações quanto ao tempo [morrerá novamente] e quanto à natureza, ou seja, o corpo continua sujeito às debilidades e à corrupção.  Na Bíblia Sagrada encontramos oito casos de ressurreição temporária, a saber: O filho da viúva de Sarepta [1 Rs 17.17-24]; o filho da  sunamita [2 Rs 4.32-37]; o homem que encostou nos ossos de Eliseu [2 Rs 13.20-21; o filho da viúva de Naim [Lc 7.11-15]; a filha do Jairo [Lc 8.41-42; 49-55]; Lázaro [Jo 11.1-44]; Tabita [At 9.36-43] e o jovem Êutico [At (20.9-10].
d) A Ressurreição Física Absoluta: A Ressurreição Absoluta é universal, corporal e escatológica; é àquela em que diz respeito a uma nova ordem de existência humana e está dividida em duas Partes: A Primeira Ressurreição, referente aos justos, dividida em três momentos, simbolizada na colheita dos judeus, a saber, as primícias [Êx. 23:16], a cega geral [Lv.19:9] e o rabisco [Êx. 34:22] e, a Última Ressurreição, atribuída aos injustos, que ocorrerá depois do Milênio. Vide Pontos 2 e 3.

2.    A PRIMEIRA RESSURREIÇÃO
2.1 A Ressurreição dos Justos: Está escrito que “bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição...” [Ap. 20:6]. Só os salvos, de todos os tempos farão parte dela, e isso em três momentos distintos, assim como aconteciam nas colheitas dos tempos bíblicos. A Primeira Ressurreição é chamada de “Ressurreição dos Justos” [At. 24:15],  “Ressurreição da vida” [Jo 5:28], “Melhor Ressurreição” [Hb. 11:35] e “Ressurreição DENTRE os mortos”   [Rm:6:9; At. 4:2], onde os corpos dos santos sairão dos sepulcros “para a vida eterna” [Dn. 12:2] e para uma recompensa venturosa [Lc. 14:14].
2.2 Cristo: As Primícias dos que Dormem: Na semeadura dos judeus, antes de se fazer a colheita geral dos frutos, colhia-se uma porção do que havia de melhor. Essa primeira porção era chamada de primícias [Êx.23:16 ] as quais se apresentavam a Deus na Festa das Primícias ou Pentecostes. [Lv. 23:9-11]. Isso é uma figura da Primeira Ressurreição, ela se inicia com as Primícias. O apóstolo Paulo afirma que: “... Cristo ressuscitou dentre os mortos e foi feito as primícias dos que dormem. [1 Co. 15:23, cf. v.20; At. 26:23]. Aos colossenses Ele declara que Cristo é “o primogênito dentre os mortos, para ter a primazia em todas as coisas”. [Cl 1:18]. Depois da morte e ressurreição de Cristo, muitos santos do Antigo Testamento ressuscitaram e introduziram, com Ele, a Primeira Ressurreição. [Cp.  Mt. 27:52,53]. Paulo, em seus argumentos, mostra que a Ressurreição de Cristo é o centro da nossa fé, da nossa vida, da nossa religião e nossa esperança. [Cp. 1 Co 12:20].  
2.3 A Sega Geral: Os Salvos, no Arrebatamento da Igreja: Jesus fez uma promessa para aqueles que creem nele e que têm a vida eterna, na comunhão do seu sangue e de sua carne: “... eu o ressuscitarei no último dia” [Jo 6:54,60]. Essa era a convicção dos crentes dos tempos de Cristo [Jo 11:24]. O Último Dia é uma referência ao final da dispensação da Graça, marcado pelo Arrebatamento da Igreja. Nesse Dia acontecerá a Ressurreição de todos os salvos desde Abel até o último que morrer antes do Dia de Cristo. Paulo afirma: “Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda” [1 Co 15:23, grifo nosso]. Quando soar a “última trombeta” no Grande Dia do rapto da Igreja todos os salvos mortos ouvirão a voz de Cristo e ressurgirão, para encontrá-Lo nos ares. [Cp. 1 Co 15:52; Jo 5:28; I Ts. 4:16 NAA]. Esse é o segundo momento da Primeira Ressurreição, como prefigura Ceifa Geral dos judeus.
2.4 O Rabisco: os Mártires da Grande Tribulação: na Cultura judaica quando o povo fazia a colheita geral dos seus frutos, alguns eram retardatários no processo da maturação. Esses só seriam colhidos mais tarde, eram os rabiscos. [Cf. Is.17:6; 24:13; M0q. 7:1]. A figura profética indica que a Primeira Ressurreição só será concluída, quando aqueles que forem martirizados por não aceitarem o sinal da besta, na Grande Tribulação, ressuscitarem para a entrada no Milênio. [Ap. 6:9; 20:4]. Eles são os Rabiscos da Primeira Ressurreição.

3.    A ÚLTIMA RESSURREIÇÃO

2.1 A Ressurreição dos Injustos: A chamada Ressurreição dos injustos [At. 24:15] é aquela, como o próprio nome sugere, reservada para os ímpios, que difere da Ressureição dos Justos, quanto ao tempo e quanto aos propósitos
2.2 A Análise do Tempo: É sabido pelo texto bíblico que os justos e os ímpios não ressuscitarão simultaneamente, mas, em ocasiões distintas. Ao fechar a Primeira Ressurreição João escreveu: “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram...”. [Ap. 20:5]. Logo, os ímpios só ressuscitarão depois do Milênio e antes do Juízo Final. É a Ressurreição DOS mortos.
2.3 A Análise do Propósito: Ao contrário dos justos que ressuscitarão para algum tipo de recompensa de gozo, os incrédulos ressurgirão com objetivos condenatórios. Daniel diz que será para “vergonha e desprezo eterno” [Dn 12:2] e Jesus disse que seria para a condenação [Jo 5:29]. Isso é confirmado na narrativa joanina que declara que a Morte e Hades entregarão os seus mortos para serem apresentados diante do Trono Branco para o Grande Dia do Juízo Final. [Ap. 20:5,6].  Vide Lição 14.  
4. A NATUREZA DO CORPO RESSURRETO

4.1. Considerações Gerais: Há diversas controvérsias quanto ao corpo da ressurreição, porém, uma análise cuidadosa da Palavra de Deus e da Teologia pentecostal nos ajuda a fazermos algumas considerações. Vejamos:
a) Não Será um Corpo Desprovido de Matéria: Interpretações equivocadas da expressão paulina “semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual” [1 Co 15:44] tem levado alguns a ensinarem que o corpo da ressurreição é imaterial. No entanto, a expressão “corpo espiritual”, [gr. soma pneumáticos] faz contraste com corpo natural, ou seja, um corpo sobrenatural e dominado pelo Espírito, longe de ser um corpo desencarnado. Quando Jesus ressuscitou Ele afirmou: “... tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” [Lc. 24:39].
b) Não Será Outro Corpo: O argumento de Paulo em 1 Coríntios 15:44 de que se semeia um corpo animal e se ressuscita num corpo espiritual, também não afirma que o corpo ressurreto é outro no aspecto quantitativo [dois corpos, um antes e outro depois] e sim, outro no aspecto qualitativo [outra natureza] o corpo humano não se extingue com a morte, e sim, desintegra-se. Podemos afirmar que na criação a matéria inanimada [pó da terra] se transforma em matéria biológica [corpo físico]; na morte a matéria biológica se transforma em matéria deteriorada [corpo desintegrado] e na ressurreição a matéria desintegrada se transforma em matéria imperecível, ainda que de natureza diferente para o salvo e para o ímpio.  
4.2 A Natureza do Corpo dos Salvos – “Corpo de Glória”: Ao ressuscitar, o salvo passará pelo processo da glorificação do corpo, quando se libertará, definitivamente, das amarras do pecado e receberá um corpo semelhante ao de Jesus [Fp. 3:21] sem as impressões da natureza carnal [1 Co. 15:50]. O corpo glorificado terá diversas características que o diferenciam do corpo animal, a saber:
a) Incorruptibilidade: Não mais sofrerá a corrupção, pois será revestido da imortalidade. [1 Co 15:54,55. Cp. Lc.20:36; 2 Co 5:4]. O Corpo ressurreto não será levantado do pó com as debilidades físicas com as quais foi sepultado [v.53] e também, não envelhecerá jamais. 
b) Impassibilidade: Não mais estará sujeito às dores e às debilidades do corpo animal. A ressurreição garantirá total imunidade ao sofrimento, seja físico ou emocional; não terá necessidade de se alimentar fisicamente, porém, pode fazer isso [At. 1:4 NVI]; não sofrerá conflitos entre a carne e o espírito e não terá necessidades físicas de nenhuma natureza: como dormir, descansar ou de sexo, por isso após a ressurreição, não haverá casamento [Mt. 22:30]. Também, não haverá chance nenhuma de pecar, porque com a glorificação ficaremos libertos da presença do pecado, não haverá instrumento de tentação nem dentro nem fora de nós.
c) Permeabilidade: Liberdade em relação à matéria, ou seja, capacidade de penetrar substâncias sólidas [Jo 20:26];
d) Agilidade: Habilidade para se mover no tempo e nos espaço na velocidade do pensamento.
e) Perfeição: Será moral, física e espiritualmente perfeito. Por isso se levantará “em glória” e “em vigor” [1 Co 15:43]. O corpo ressurreto não terá insuficiência ou deficiência mental ou cognitiva por possuir maturidade intelectual nivelada. Quem morreu bebê ou idoso avançado terá a mesma capacidade de raciocínio e sentidos; não haverá a presença de nenhuma debilidade ou defeito físico seja de formação, funcionamento ou condição, pois Deus transformará [gr. metaschematidzõ = modificará a forma ou a condição] o nosso corpo à semelhança de Cristo [Fp. 3:21]. Será um corpo próprio, projetado por Deus para um mundo perfeito, por isso o homem ressurreto à imagem de Cristo, será chamado de “homem do céu” ou “homem celestial” [Cp. 1 Co 15:47-49; 2 Co 5:2].
f) Tangibilidade: Embora seja um corpo glorioso será palpável e perceptível. [Lc. 24:49; I Co 15:1-8]. Será um corpo real com capacidade de reconhecimento e atividades celestes reais. Porém, alguns mistérios ainda cercam a realidade do corpo ressurreto, como por exemplo, o modus operandi das aparições e o fato de que Jesus, algumas vezes, não ter sido reconhecido nestas aparições [cp. Jo 20:15; 21:4; Lc. 24:13-35].
g) Integralidade Perfeita: O homem ressurreto será uma unidade completa [corpo, alma e espirito], porém, numa realidade superior à primeira criação [1 Co 15:45,46]. Não será um espírito nem um corpo animal, mas, o homem totalmente redimido – o homem espiritual [v.44], onde seus elementos se tornarão inseparáveis e indissolúveis, por isso não sofrerão a segunda morte. [Ap. 2:11].
4.3 A Natureza do Corpo dos Ímpios – “Corpo do Pecado”: A Bíblia não oferece muitos detalhes de como há de ser o corpo do ímpio após seu ressurgimento, mas, é preciso inferir pelo Ensino Sagrado algumas verdades:
a) Imperecibilidade, Sim, Imortalidade, Não: A imortalidade e a vida eterna são dádivas apenas para os salvos [1 Co 15:53,54; 1 Jo 5:11]. Os ímpios, após ressurretos, terão uma existência perpétua com um corpo que não será destruído. Esse estágio da existência humana dos ímpios é chamado de “vergonha e desprezo eterno” [Dn 12:2] e condenação [Jo 5:29]. Embora seja uma existência que durará para sempre, não  pode ser chamada de vida, mas “morte eterna” ou “segunda morte” [Ap. 20:14]. Logo, os salvos ressuscitarão para a vida, os ímpios, para a morte.
b) Corpo Inglório: O corpo de glória com que os justos ressuscitarão é um corpo redimido ou glorificado, à semelhança do corpo de Cristo [Fp. 3:20]. O ímpio não ressuscitará com este corpo. Se a sua alma-espírito não alcançou a regeneração, também não alcançará o seu corpo. Logo, o corpo da ressurreição dos ímpios, é “o corpo do pecado” com o qual ele morreu, sem a excelência do “corpo espiritual” dos justos, sendo acrescido apenas a imperecibilidade. 
a) Deformidades: É sensato pensar que se o ímpio não vai viver a experiência da glorificação, seu corpo assumirá as mesmas deformidades e fraquezas porque as consequências do pecado não cessarão com a morte física. Será a ressurreição da “vergonhahb. herpah= opróbrio, desgraça, injúria ou uma condição de vergonha que esteja no indivíduo, seja física ou moral e do “desprezo”  hb dera’on = repulsa, horror ou aquilo que é repugnante. [Dn 12:2]. Entende-se que a ressurreição do ímpio, priva-o de qualquer nível de aprimoramento como efeito redentor. Porém, a ideia de que se uma pessoa perder um membro ressuscitará sem ele, não se firma, porque nos obrigaria a pesar que se morrera decapitado, ressuscitaria sem a cabeça. Tal pensamento é inviável. É prudente dizer, que muitas coisas ainda ficarão sem explicação, sendo certo dizer que “em parte conhecemos” [1 Co. 13:9] e que só na eternidade obteremos a compreensão absoluta. [Cp. 1 Jo 3:2].

CONCLUSÃO

A Ressurreição de Cristo serve de consolo de que nós, os Seus servos, não precisamos nos assombrar com a realidade da Morte, pois, mesmo se morrermos nesta vida, nós ressurgiremos num corpo incorruptível à semelhança do Seu próprio corpo para desfrutar, na mais pura perfeição, as glórias e benesses celestiais. A qualquer momento, quando a última trombeta tocar, assumiremos a nova identidade num estágio de existência jamais vivido aqui no Mundo. Aleluia! Que Deus nos ajude a permanecer

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