A RESSURREIÇÃO DOS
MORTOS
TEXTO BASE: 1 Coríntios 15: 20-23,50-56
INTRODUÇÃO
A Doutrina
da Ressurreição é um das mais importantes Ensinos da Fé Cristã. Ela é o
grande lenitivo do Cristianismo porque é garantia de que a vida não se encerra
na sepultura; ela determina o triunfo sobre a morte, quando o corpo do salvo
emergirá do pó para a conquista da imortalidade e da incorrupção ao ser glorificado.
A palavra ressurreição vem do termo
grego Anastasis que significa levantar, subir, tornar a viver, levantar-se
dentre os mortos. Embora haja outros termos gregos traduzidos por
ressurreição, Anastasis é o que
aparece nas referências escatológicas para se referir a Ressurreição Universal
e Corpórea.
Neste estudo nosso foco é mostrar a
Fundamentação Bíblica sobre o Retorno à Vida e abordar os detalhes da
Ressurreição dos Justos e dos Ímpios e, por conseguinte, apresentar a natureza
do corpo ressurreto.
1.
FUNDAMENTAÇÃO
BÍBLICA DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
1.1
A Realidade da Ressurreição dos Mortos:
Mesmo havendo a negação e muitas heresias acerca do retorno à vida, a Ressurreição dos Mortos é uma realidade
incontestável. No AT, essa doutrina não era tão definida, embora sua crença fosse
visível. No NT, portanto, a Doutrina da Ressurreição faz parte da centralidade
doutrinária da fé Cristã e é descrita com muitos detalhes.
a) O
Ensino da Ressurreição no AT: Ainda que a concepção acerca da
Ressurreição não fosse tão detalhada, percebe-se que os irmãos
neotestamentárias possuíam uma esperança da vida pós-morte. O escritor aos
hebreus afirma que Abraão “... cria que
Deus era poderoso para ressuscitar Isaque dentre os mortos...” [cp. Hb. 11:
18; Gn. 22:5]. Ainda na era patriarcal, quando nada da Bíblia tinha sido
escrito, os servos de Deus criam na ressurreição dos mortos, pois foi Jesus que
deu as evidências desse pensamento. [Mt. 22:31,32]. A primeira menção direta da
Ressurreição se encontra no cântico de Ana: “O
Senhor... faz descer à sepultura e faz subir dela” [1 Sm. 2:6 ACF]. A
Ressurreição, também é falada nos escritos poéticos [Jó 19:23-27; Sl. 49:15] e
bem mais claramente, nos livros proféticos [cf. Is. 26:19;Ez.3:11,12; Dn. 12:2;
Os. 6:2;13:14], sendo as profecias de Daniel
e Oseias as mais famosas. Paulo cita
Oseias no seu ensino sobre o tema [ Cp. 1 Co. 15: 54:55; Os. 13:14].
b) A
Doutrina da Ressurreição no NT: Nos tempos de Cristo e dos apóstolos
existiam algumas heresias relacionadas à Ressurreição: A Doutrina dos
Saduceus que negavam a realidade da Ressurreição [Mc. 12:18-23; At. 23:8]; A influência de uma doutrina pagã [filosofia gnóstica] presente em Corinto, de que o corpo [matéria irremediavelmente má] era extinto com a morte física, logo
a ressurreição corporal não seria possível ou necessária [cf. 1 Co. 11:12], e
ainda, os ensinos heréticos dos apóstatas Himeneu e Fileto os quais desviaram
alguns da fé. Sua doutrina dizia que a Ressurreição não era uma esperança
futura, e sim, já ocorrida num nível espiritual, [cf. 2Tm. 2.16-18]. No
entanto, a Ressurreição Corporal e Escatológica
é uma realidade comprovada nos ensinos de Cristo Evangelhos [Jo.
5:25,28,29; Lc. 14:14]; em Atos, na pregação de Pedro e João [4:2] e na defesa
de Paulo diante de Félix [24:15]; nas epístolas, principalmente na
doutrina paulina [1 Co 15:12-55; Rm. 6:5; Fp. 3:11; 1 Ts. 4:16; cp. Hb. 11:35] e
no Apocalipse [20:4-6]. O
Capítulo 15 de 1 Coríntios é o texto mais completo sobre o assuntos, seja do
ponto de vista apologético, seja da consistência doutrinária da Igreja ou
do conforto devocional.
1.2
Tipos de Ressurreição: O Ensino da Ressurreição nas
Escrituras pode ser dividido em quatro tipos: Simbólica, Espiritual, Física Temporária e Física Absoluta.
a) A
Ressurreição Simbólica: Diz respeito à Ressurreição Nacional referente
à Israel. O povo, em consequência de seus pecados foi espalhado pelo mundo e
“morreu” como Nação [Ez. 36:17-19]. Portanto,
a promessa divina era que Israel seria reunido e ressuscitado, do ponto de
vista social, político e espiritual [Dt. 4:27,28; Ez. 36:24; 37:13,14; Jr.
24:6,7; Am. 9:14,15]. Nacionalmente, a restauração ocorreu em 1948 e espiritualmente
se dará no final da Grande Tribulação com a vinda de Jesus em glória [Zc. 12:10].
Ficar atento a Israel é crucial, porque essa Nação é considerada o Relógio de
Deus no cenário profético [Lc. 21:29-31].
b) A
Ressurreição Espiritual: Teologicamente
falando, todos o seres humanos
morreram em Adão [1 Co 15:22]. Ao aceitar a Cristo como Salvador, o Espírito
Santo opera a Regeneração [Tt. 3:5 ] e através deste ato Deus nos ressuscitou
em Cristo [Ef. 2:1,5; Cl. 2:12,13]. Essa ressurreição é espiritual, pois Paulo
disse: “E nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares
celestiais, em Cristo Jesus” [Ef. 2:6]. Todavia, nada tem a ver com a ressurreição espiritual dos hereges, que
negam a realidade de uma ressureição corporal, apenas diz respeito à mudança do
estado de morte pelo pecado de Adão
para uma posição de vida, pela
justiça de Cristo. [Jo 5:24]. É interessante estudar esse tema porque só quem “ressuscitou com Cristo”, no âmbito
espiritual, fará parte da Primeira Ressurreição concernente ao corpo.
c) A
Ressurreição Física Temporária: Chama-se de Ressurreição Temporária ou Parcial àquela em que a pessoa volta à
vida com limitações quanto ao tempo [morrerá
novamente] e quanto à natureza, ou seja, o corpo continua sujeito às
debilidades e à corrupção. Na Bíblia
Sagrada encontramos oito casos de ressurreição temporária, a saber: O filho da viúva de Sarepta [1 Rs
17.17-24]; o filho da sunamita [2 Rs 4.32-37]; o homem que encostou nos ossos de Eliseu
[2 Rs 13.20-21; o filho da viúva de
Naim [Lc 7.11-15]; a filha do
Jairo [Lc 8.41-42; 49-55]; Lázaro
[Jo 11.1-44]; Tabita [At
9.36-43] e o jovem Êutico [At
(20.9-10].
d) A
Ressurreição Física Absoluta: A
Ressurreição Absoluta é universal, corporal e escatológica; é àquela em que diz
respeito a uma nova ordem de existência humana e está dividida em duas Partes: A Primeira Ressurreição, referente aos
justos, dividida em três momentos, simbolizada na colheita dos judeus, a saber,
as primícias [Êx. 23:16], a cega geral [Lv.19:9] e o rabisco [Êx. 34:22] e, a Última Ressurreição, atribuída aos injustos, que ocorrerá depois do
Milênio. Vide Pontos 2 e 3.
2.
A
PRIMEIRA RESSURREIÇÃO
2.1
A Ressurreição dos Justos: Está
escrito que “bem-aventurado e santo
aquele que tem parte na primeira ressurreição...” [Ap. 20:6]. Só os salvos,
de todos os tempos farão parte dela, e isso em três momentos distintos, assim
como aconteciam nas colheitas dos tempos bíblicos. A Primeira Ressurreição é
chamada de “Ressurreição dos Justos”
[At. 24:15], “Ressurreição da vida” [Jo 5:28], “Melhor Ressurreição” [Hb. 11:35] e “Ressurreição DENTRE os mortos” [Rm:6:9;
At. 4:2], onde os corpos dos santos sairão dos sepulcros “para a vida eterna” [Dn. 12:2] e para uma recompensa venturosa [Lc.
14:14].
2.2
Cristo: As Primícias dos que Dormem: Na semeadura dos
judeus, antes de se fazer a colheita geral dos frutos, colhia-se uma porção do
que havia de melhor. Essa primeira porção era chamada de primícias [Êx.23:16 ] as quais se apresentavam a Deus na Festa das
Primícias ou Pentecostes. [Lv. 23:9-11]. Isso é uma figura da Primeira
Ressurreição, ela se inicia com as Primícias. O apóstolo Paulo afirma que: “... Cristo ressuscitou dentre os mortos e
foi feito as primícias dos que dormem. [1 Co. 15:23, cf. v.20; At. 26:23].
Aos colossenses Ele declara que Cristo é “o
primogênito dentre os mortos, para ter a primazia em todas as coisas”. [Cl 1:18].
Depois da morte e ressurreição de Cristo, muitos santos do Antigo Testamento
ressuscitaram e introduziram, com Ele, a Primeira Ressurreição. [Cp. Mt. 27:52,53]. Paulo, em seus argumentos,
mostra que a Ressurreição de Cristo é o centro da nossa fé, da nossa vida, da
nossa religião e nossa esperança. [Cp. 1 Co 12:20].
2.3
A Sega Geral: Os Salvos, no
Arrebatamento da Igreja: Jesus fez uma promessa para aqueles que creem nele
e que têm a vida eterna, na comunhão do seu sangue e de sua carne: “... eu o ressuscitarei no último dia” [Jo
6:54,60]. Essa era a convicção dos crentes dos tempos de Cristo [Jo 11:24]. O
Último Dia é uma referência ao final da dispensação da Graça, marcado pelo
Arrebatamento da Igreja. Nesse Dia acontecerá a Ressurreição de todos os salvos
desde Abel até o último que morrer antes do Dia de Cristo. Paulo afirma: “Mas cada um por sua ordem: Cristo as
primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda” [1 Co 15:23, grifo nosso]. Quando soar a “última trombeta” no
Grande Dia do rapto da Igreja todos os salvos mortos ouvirão a voz de Cristo e
ressurgirão, para encontrá-Lo nos ares. [Cp. 1 Co 15:52; Jo 5:28; I Ts. 4:16 NAA].
Esse é o segundo momento da Primeira Ressurreição, como prefigura Ceifa Geral
dos judeus.
2.4
O Rabisco: os Mártires da Grande
Tribulação: na Cultura judaica quando o povo fazia a colheita geral dos
seus frutos, alguns eram retardatários no processo da maturação. Esses só
seriam colhidos mais tarde, eram os
rabiscos. [Cf. Is.17:6; 24:13; M0q. 7:1]. A figura profética indica que a
Primeira Ressurreição só será concluída, quando aqueles que forem martirizados
por não aceitarem o sinal da besta, na Grande Tribulação, ressuscitarem para a
entrada no Milênio. [Ap. 6:9; 20:4]. Eles são os Rabiscos da Primeira
Ressurreição.
3.
A
ÚLTIMA RESSURREIÇÃO
2.1
A Ressurreição dos Injustos: A chamada Ressurreição
dos injustos [At. 24:15] é aquela, como o próprio nome sugere, reservada para
os ímpios, que difere da Ressureição dos Justos, quanto ao tempo e quanto aos
propósitos.
2.2
A Análise do Tempo: É sabido pelo texto bíblico que os
justos e os ímpios não ressuscitarão simultaneamente, mas, em ocasiões
distintas. Ao fechar a Primeira Ressurreição João escreveu: “Mas os outros mortos não reviveram, até que
os mil anos se acabaram...”. [Ap. 20:5]. Logo, os ímpios só ressuscitarão
depois do Milênio e antes do Juízo Final. É a Ressurreição DOS mortos.
2.3
A Análise do Propósito: Ao contrário
dos justos que ressuscitarão para algum tipo de recompensa de gozo, os
incrédulos ressurgirão com objetivos condenatórios. Daniel diz que será para “vergonha e desprezo eterno” [Dn 12:2] e Jesus
disse que seria para a condenação [Jo 5:29]. Isso é confirmado na narrativa
joanina que declara que a Morte e Hades entregarão os seus mortos para serem
apresentados diante do Trono Branco para o Grande Dia do Juízo Final. [Ap. 20:5,6]. Vide Lição 14.
4. A NATUREZA DO CORPO
RESSURRETO
4.1.
Considerações Gerais: Há diversas
controvérsias quanto ao corpo da ressurreição, porém, uma análise cuidadosa da
Palavra de Deus e da Teologia pentecostal nos ajuda a fazermos algumas
considerações. Vejamos:
a) Não
Será um Corpo Desprovido de Matéria: Interpretações equivocadas da
expressão paulina “semeia-se corpo
animal, ressuscitará corpo espiritual” [1 Co 15:44] tem levado alguns a
ensinarem que o corpo da ressurreição é imaterial. No entanto, a expressão “corpo espiritual”, [gr. soma pneumáticos] faz contraste com corpo natural,
ou seja, um corpo sobrenatural e dominado pelo Espírito, longe de ser um corpo
desencarnado. Quando Jesus ressuscitou Ele afirmou: “... tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como
vedes que eu tenho” [Lc. 24:39].
b) Não
Será Outro Corpo: O argumento
de Paulo em 1 Coríntios 15:44 de que se semeia um corpo animal e se ressuscita
num corpo espiritual, também não afirma que o corpo ressurreto é outro no aspecto
quantitativo [dois corpos, um antes e
outro depois] e sim, outro no aspecto qualitativo [outra natureza] o corpo humano não
se extingue com a morte, e sim, desintegra-se. Podemos afirmar que na
criação a matéria inanimada [pó da
terra] se transforma em matéria biológica [corpo físico]; na morte a matéria biológica se transforma em
matéria deteriorada [corpo desintegrado]
e na ressurreição a matéria desintegrada se transforma em matéria imperecível,
ainda que de natureza diferente para o salvo e para o ímpio.
4.2
A Natureza do Corpo dos Salvos – “Corpo de Glória”: Ao ressuscitar, o salvo passará pelo
processo da glorificação do corpo,
quando se libertará, definitivamente, das amarras do pecado e receberá um corpo
semelhante ao de Jesus [Fp. 3:21] sem as impressões da natureza carnal [1 Co.
15:50]. O corpo glorificado terá
diversas características que o diferenciam do corpo animal, a saber:
a) Incorruptibilidade: Não mais
sofrerá a corrupção, pois será revestido da imortalidade. [1 Co 15:54,55. Cp.
Lc.20:36; 2 Co 5:4]. O Corpo ressurreto não será levantado do pó com as
debilidades físicas com as quais foi sepultado [v.53] e também, não envelhecerá
jamais.
b) Impassibilidade: Não
mais estará sujeito às dores e às debilidades do corpo animal. A ressurreição
garantirá total imunidade ao sofrimento, seja físico ou emocional; não terá
necessidade de se alimentar fisicamente, porém, pode fazer isso [At. 1:4 NVI];
não sofrerá conflitos entre a carne e o espírito e não terá necessidades
físicas de nenhuma natureza: como dormir,
descansar ou de sexo, por isso após a ressurreição, não haverá casamento [Mt.
22:30]. Também, não haverá chance nenhuma de pecar, porque com a glorificação
ficaremos libertos da presença do pecado, não haverá instrumento de tentação
nem dentro nem fora de nós.
c) Permeabilidade: Liberdade em
relação à matéria, ou seja, capacidade de penetrar substâncias sólidas [Jo
20:26];
d) Agilidade: Habilidade para se mover no tempo e nos espaço na
velocidade do pensamento.
e) Perfeição: Será moral, física e
espiritualmente perfeito. Por isso se levantará “em glória” e “em vigor”
[1 Co 15:43]. O corpo ressurreto não terá insuficiência ou deficiência mental
ou cognitiva por possuir maturidade intelectual nivelada. Quem morreu bebê ou
idoso avançado terá a mesma capacidade de raciocínio e sentidos; não haverá a
presença de nenhuma debilidade ou defeito físico seja de formação,
funcionamento ou condição, pois Deus transformará [gr. metaschematidzõ = modificará
a forma ou a condição] o nosso corpo à semelhança de Cristo [Fp. 3:21]. Será
um corpo próprio, projetado por Deus para um mundo perfeito, por isso o homem
ressurreto à imagem de Cristo, será chamado de “homem do céu” ou “homem
celestial” [Cp. 1 Co 15:47-49; 2 Co 5:2].
f) Tangibilidade: Embora seja um
corpo glorioso será palpável e perceptível. [Lc. 24:49; I Co 15:1-8]. Será um
corpo real com capacidade de reconhecimento e atividades celestes reais. Porém,
alguns mistérios ainda cercam a realidade do corpo ressurreto, como por
exemplo, o modus operandi das
aparições e o fato de que Jesus, algumas vezes, não ter sido reconhecido nestas
aparições [cp. Jo 20:15; 21:4; Lc. 24:13-35].
g) Integralidade Perfeita: O homem
ressurreto será uma unidade completa
[corpo, alma e espirito], porém, numa
realidade superior à primeira criação [1 Co 15:45,46]. Não será um espírito nem
um corpo animal, mas, o homem totalmente redimido – o homem espiritual [v.44], onde seus elementos se tornarão
inseparáveis e indissolúveis, por isso não sofrerão a segunda morte. [Ap.
2:11].
4.3
A Natureza do Corpo dos Ímpios – “Corpo do Pecado”: A Bíblia não oferece muitos detalhes de
como há de ser o corpo do ímpio após seu ressurgimento, mas, é preciso inferir
pelo Ensino Sagrado algumas verdades:
a) Imperecibilidade, Sim, Imortalidade, Não:
A imortalidade e a vida eterna são dádivas apenas para os salvos [1 Co
15:53,54; 1 Jo 5:11]. Os ímpios, após ressurretos, terão uma existência perpétua com um corpo que não
será destruído. Esse estágio da
existência humana dos ímpios é chamado de “vergonha e desprezo eterno” [Dn 12:2] e condenação [Jo 5:29]. Embora seja uma existência que durará para
sempre, não pode ser chamada de
vida, mas “morte eterna” ou “segunda morte” [Ap. 20:14]. Logo, os
salvos ressuscitarão para a vida, os ímpios, para a morte.
b) Corpo Inglório: O corpo de glória
com que os justos ressuscitarão é um corpo redimido ou glorificado, à
semelhança do corpo de Cristo [Fp. 3:20]. O ímpio não ressuscitará com este
corpo. Se a sua alma-espírito não alcançou a regeneração, também não alcançará
o seu corpo. Logo, o corpo da ressurreição dos ímpios, é “o corpo do pecado” com o qual ele morreu, sem a excelência do “corpo espiritual” dos justos, sendo
acrescido apenas a imperecibilidade.
a) Deformidades: É sensato pensar
que se o ímpio não vai viver a experiência da glorificação, seu corpo assumirá
as mesmas deformidades e fraquezas porque as consequências do pecado não
cessarão com a morte física. Será a ressurreição da “vergonha” hb. herpah= opróbrio, desgraça, injúria ou uma condição de vergonha que esteja no
indivíduo, seja física ou moral e do “desprezo”
hb
dera’on = repulsa, horror ou aquilo que é repugnante. [Dn 12:2]. Entende-se
que a ressurreição do ímpio, priva-o de qualquer nível de aprimoramento como efeito redentor. Porém, a ideia de que se uma
pessoa perder um membro ressuscitará sem ele, não se firma, porque nos
obrigaria a pesar que se morrera decapitado, ressuscitaria sem a cabeça. Tal
pensamento é inviável. É prudente dizer, que muitas coisas ainda ficarão sem
explicação, sendo certo dizer que “em
parte conhecemos” [1 Co. 13:9] e que só na eternidade obteremos a
compreensão absoluta. [Cp. 1 Jo 3:2].
CONCLUSÃO
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