terça-feira, 1 de outubro de 2013

IDENTIDADE CULTURAL E VALORES CRISTÃOS - COMO CONCILIAR?


1. O Fenômeno da Multiculturalidade 

A maneira como o nosso povo foi formado, fez com que o Brasil se tornasse um País com uma grande mistura de cultura, fenômeno chamado de multiculturalismo. Os costumes dos nativos, (os índios), antes do Descobrimento, as práticas dos escravos africanos e o processo imigratório, por meio do qual, gentes de todas as partes do mundo, trouxeram suas tradições, foram determinantes para configurar a identidade cultural do povo brasileiro, dando ao País, o que chamam de riqueza cultural e étnica. Esta mestiçagem cultural vem cada dia crescendo e ganhando novas modalidades, e então o cristão, menos esclarecido, que também faz parte deste processo, fica meio atordoado sem saber conciliar a identidade cultural e seus valores.
Neste particular, faremos as seguintes perguntas: Se somos brasileiros, devemos assumir as heranças culturais de nosso povo? Qual o limite entre os valores cristãos e as influências étnicas de nossa sociedade? Como conciliar os princípios individuais de nossa fé com os elementos da diversidade cultural? Até onde a cultura do nosso País, constitui-se de fato, uma riqueza para nós? Somos obrigados a seguir à risca todas as formas culturais que nos são oferecidas? Perguntas como estas exigem ao salvo, respostas sensatas, claras e, sobretudo, equânimes aos princípios da Palavra de Deus, que é nossa regra de fé e conduta.
A princípio, é bom entendermos o que é Cultura, Identidade Cultura e Valores. Como o nosso objetivo é comentar este assunto, de forma alcançar aos nossos queridos radiouvintes, de maneira simples, parafrasearemos alguns termos técnicos de maneira que nossa fala seja compreensiva a todos. Bem, pode-se dizer que:
•    CULTURA é o conjunto de crenças, valores, costumes, leis, artes, hábitos, aptidões e outros elementos do homem, vivendo em comunidade.
•    IDENTIDADE CULTURAL, neste contexto, é a soma das características da cultura de um povo que define a sua individualidade.
•    VALORES, do ponto de vista ético-cristão, consistem no conjunto de princípios morais e espirituais que mantêm a integridade e o padrão de vida de uma pessoa em sua relação com Deus e com sua Palavra.

Agora, partindo destas definições, vamos tentar responder se é normal ou não, o cristão aderir à identidade cultural por ser participante desta multiculturalidade do seu povo.
Primeiro, é bom afirmar que o cristão não tem nada contra a cultura em si, uma vez que ela é a marca que identifica um povo. Aliás, como membros da sociedade civil organizada, os cristãos também imprimem suas marcas culturais, através de sua fé e de seus valores, fazendo parte do mosaico cultural do povo em que faz parte. Portanto, como as vertentes e influências da cultura, são múltiplas em suas manifestações e origens, compete ao cristão analisar, sob o prisma de suas convicções religiosas, se este ou aquele elemento cultural não fere a sua fé. A fé cristã sobressai à cultura e seus valores são inegociáveis.
A posição do crente em face da cultura é regida pela Bíblia. Nada, por mais significativo que possa aparentar, deve está acima dela. Claro que só o crente, conhecedor da Palavra, pode discernir os limites entre a identidade cultural e seus valores. Se, porventura, o ouvinte que está acompanhando a esta programação não tem maturidade e/ou conhecimento suficientes, é bom procurar o seu pastor ou uma pessoa idônea, por ele recomendada para orientar sobre este assunto.
É obvio que somos brasileiros, e como o tal, há algumas heranças culturais que, como crentes não pecamos em mantê-las. Outras, porém, não aderimos porque nossos valores cristãos são diferentes e divergentes.  Exemplo: Herdamos o idioma e alguns costumes culinários dos portugueses, mas não aderimos sua religião e suas festas tradicionais, como carnaval, festas juninas e seu folclore (como veremos na sexta-feira); Temos como heranças dos índios o uso da rede, o aproveitamento da farinha de mandioca, e muitos outros alimentos, mas não comungamos com as práticas animistas e esotéricas ou estórias fantasiosas; Temos em nossa mesa algum alimento dos africanos, mas não devemos fazer parte do culto aos orixás e nem devemos nos envolver com elementos das religiões afro-brasileiras. Logo, há traços culturais gerais, dos quais não pecamos em aderir, e traços culturais peculiares, específicos de alguns grupos, que não aceitamos por agredirem os nossos valores.
Muitas vezes somos taxados de preconceituosos e fundamentalistas em não concordar com o bojo cultural do senso comum, mas tanto as Leis vigentes de nosso País, como a Palavra de Deus nos dão fundamentos para isso.
É interessante observar que o povo de Deus, em todas as épocas foi um povo de costumes diferentes.  Em Et. 3.8 está escrito: “Então Hamã disse ao rei Xerxes: Existe certo povo disperso e espalhado entre os povos de todas as províncias do teu império, cujos costumes são diferentes dos de todos os outros povos e que não obedecem às leis do rei; não convém ao rei tolerá-los” (NVI). O destaque aqui é dado à expressão: “cujos costumes são diferentes”. Ora, os hebreus estavam entre os povos, sofrendo as influências da cultura pagã, mas sua identidade cultural era, reconhecidamente, diferente.
A Bíblia mostra que Deus sempre se preocupou para que o seu povo não se deixasse dominar pela cultura à sua volta. Em Levítico 18.30 e 20.23 a ordem é enfática: “Obedeçam aos meus preceitos, e não pratiquem os costumes repugnantes praticados antes de vocês, nem se contaminem com eles. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês”. “Não sigam os costumes dos povos que vou expulsar de diante de vocês. Por terem feito todas essas coisas, causam-me repugnância”. O mesmo pensamento pode, também, ser corroborado em II Rs. 16.3; 17.8,19, 33; 2 Cr. 28.3.
No novo testamento somos advertidos, constantemente, a não imitar as práticas ímpias, que faziam parte dos elementos culturais da sociedade sem Deus. Em Fp. 2.14 e 15 Paulo diz: “Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo” (NVI). Veja mais o que diz o texto de 2 Coríntios 6. 14-18:
•    Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas?
•    Que harmonia entre Cristo e Belial? Que há de comum entre o crente e o descrente?


Finalizamos dizendo: não temos obrigação nenhuma de seguir a cultura, em nome do patriotismo ou de exemplo de cidadania, para não sermos chamados de antissociais ou preconceituosos. Tudo aquilo que vai de encontro a nossa fé, à nossa doutrina e as tradições que identificam a nossa denominação, ainda que seja aceito pela maioria dominante, deve ser rejeitado, pois para nós, mais importante que as riquezas culturais, são as riquezas do Reino de Deus. Amém.

2. Ecumenismo Religioso

Certamente, você que está participando desta programação, já ouviu dizer que o Brasil é um País com Estado laico. Talvez, alguns, dos nossos radiouvintes, não saibam ao certo, o que isso quer dizer. Bem, Estado laico é aquele que, não possuindo uma religião oficial, apresenta-se neutro, permitindo que todos os credos convivam de maneira respeitosa, sem perseguição religiosa. Para isso, o Estado regula através de suas leis a convivência de seus cidadãos, de maneira que possam expressar publicamente suas crenças e seu suas manifestações religiosas, tendo garantido a liberdade de culto.  Sendo um Estado laico, o terreno fica fértil para a proliferação do sincretismo religioso, onde muitas instituições e eventos sociais realizam cultos ecumênicos, alegando que todas as religiões tem algo de bom e levam a Deus. Assim, as igrejas podem conviver numa relação amistosa, com respeito e parceria. Para o cristão isso é um fato positivo ou não?
Bem, primeiro é importante dizer que, entre manter uma relação de respeito e conviver no mesmo espaço, intercambiando credos religiosos são duas coisas bem diferentes. Não devemos fazer apologia à intolerância religiosa e nem aceitar o desrespeito aos segmentos religiosos que são diferentes à nossa fé. Mas isso não quer dizer que aceitamos com resignação o Ecumenismo, pois o sentido que adotamos de adoração é puramente individual, restrito ao nosso estilo litúrgico e orientado pelo nosso líder espiritual. Não somos Igreja exclusivista, acreditamos em salvação em outros segmentos evangélicos que professam a fé e conduta cristã postulados nas Escrituras Sagradas, porém negamos a ideia de que toda a religião leva a Deus.
É certo dizer que toda a religião tem um deus. Que conduz a um deus. Que direciona o homem a uma relação com um deus. Porém, nem todas conduzem Àquele que a Bíblia O chama de “Deus Único”.
Pode ser certa, também, a afirmação de que todas as religiões tem algo de bom. A bondade é uma virtude. Virtude é um aspecto moral. Logo, a salvação produz moralidade, mas a moralidade não produz salvação.
O sincretismo no Brasil, não é algo novo, logo após o descobrimento, as doutrinas dos nativos, dos europeus e dos africanos entraram num processo de fusão, que serviu de base para o ecumenismo religioso atual. A similaridade  dos santos católicos com os orixás do candomblé, é um exemplo clássico deste sincretismo, bem como algumas práticas evangélicas hodiernas, são heranças culturais de alguns grupos religiosos.
Recorrendo as Páginas Sagradas, entendemos que além das doutrinas humanas existem as doutrinas puras, oriundas de Deus,  (Tt. 1.9; 2.7; 1 Tm, 1.10; 6.3 etc.)  e as doutrinas de demônios (I Tm.4.1). Logo a filosofia ecumênica, fere a unidade pregada por Jesus em João 17, porque não pode haver consenso entre Deus e o Diabo, inclusive numa relação cultual. A pergunta retórica de Paulo aos Coríntios nos mostra a seriedade deste assunto. O observe: “Que acordo há entre o templo de Deus e os ídolos? Pois somos santuário do Deus vivo. Como disse Deus: Habitarei com eles e entre eles andarei; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Portanto, saiam do meio deles e separem-se, diz o Senhor. Não toquem em coisas impuras, e eu os receberei, e lhes serei Pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas”, diz o Senhor todo-poderoso.” ( 2 Co 6.16-18)
Tais afirmativas nos revelam o perigo do ecumenismo religioso. Em  2 Rs 17.17-23,  há um exemplo de  um movimento ecumênico, cujos resultados foram plausíveis. Veja:

ü  Então o rei da Assíria mandou dizer: Levai ali um dos sacerdotes que transportastes de lá; e vá e habite lá, e ele lhes ensine o costume do Deus da terra.
ü  Veio, pois, um dos sacerdotes que transportaram de Samaria, e habitou em Betel, e lhes ensinou como deviam temer ao Senhor.
ü  Porém cada nação fez os seus deuses, e os puseram nas casas dos altos que os samaritanos fizeram, cada nação nas cidades, em que habitava.
ü  E os de babilônia fizeram Sucote-Benote; e os de Cuta fizeram Nergal; e os de Hamate fizeram Asima.
ü  E os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; e os sefarvitas queimavam seus filhos no fogo a Adrameleque, e a Anameleque, deuses de Sefarvaim.
ü  Também temiam ao Senhor; e dos mais baixos do povo fizeram sacerdotes dos lugares altos, os quais lhes faziam o ministério nas casas dos lugares altos.
ü  Assim temiam ao Senhor, mas também serviam a seus deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados.

Quem tem conhecimento das Escrituras entende com nitidez, que a convivência ecumênica é uma cilada para calar a Igreja de Sua responsabilidade de falar a verdade. Alguém tem dito: “tem espaço pra todo mudo”; e, “o que nos une é muito mais do que o que nos divide” e, sob este prisma de convivência religiosa democrática, muitos pregadores já ajustaram suas mensagens às conveniências sincréticas, para não ofenderem a este ou aquele segmento religioso; Igrejas evangélicas têm aberto às portas para agentes de seitas; e vários lideres espirituais de religiões e credos diferentes têm cultuado juntos, em nome da unidade religiosa e da paz mundial.
O pastor Ciro Sanches, falando do espaço que a mídia tem oferecido aos evangélicos, em que muito tem vibrado, afirma: “não nos iludamos, pois a porta não foi aberta para o Evangelho. O que existe, na verdade, é um projeto ecumênico em andamento, o qual visa a enfraquecer a pregação de que o Senhor Jesus é o único Salvador”. Logo, para qualquer evangélico, comprometido com a Palavra de Deus, a busca pela unidade de credos ou unicidade de culto, não é um fator positivo, é sutil e altamente perigoso para a integridade doutrinária e saúde da Igreja.
A Bíblia assegura que “Os costumes religiosos das nações são inúteis”... (Jr. 10.3). Isto nos mostra a desaprovação de Deus ao Sincretismo.  Jesus apresenta a unidade dos salvos no processo de comunhão com ele e não uma unidade institucional.
Os discípulos de Jesus encontraram um homem expulsando demônios em nome de Jesus, mas que não estava no grupo de Jesus, e questionaram, tentando proibir. Jesus, porém, disse: “... não o proibais, porque quem não é contra nós, é por nós” (Lc. 9.49). Jesus não mandou buscar o homem para acrescentar o seu grupo, nem levou os discípulos a se juntar com aquele homem. Cada um seguiu cumprindo sua missão.
 Finalizamos dizendo: respeitamos a religião dos indivíduos e seus credos; concordamos na liberdade de culto, e que cada um deve expressar sua religião, mas não aderimos o culto ecumênico nem concordamos em comungar nosso credo, com agentes que  ferem os nossos princípios doutrinários e que não adoram ao Deus revelado nas Escrituras. Quanto àqueles irmãos que fazem parte do segmento evangélico, de uma Igreja bíblica, mas de outra denominação – dizemos: lutamos pelos mesmos ideais, porém somos como as os soldados das forças armadas, servimos ao mesmo País, temos os mesmo objetivos, mas prestamos serviço em quartéis diferentes. Isso não nos separa, apenas nos diferencia, denominacionalmente falando. 

3. Folclore 
De fato o Folclore é aclamado como precioso instrumento da Cultura Popular de nosso País.  Aliás, a etimologia da palavra, do inglês “folk”, quer dizer “povo” e lore , “conhecimento” , que se traduz por: conhecimento do povo ou cultura popular. Ele é definido como o conjunto de mitos, crenças, superstições e lendas que fazem parte da tradição de um povo e que são contadas de uma geração para outra. Em Muitos países existem diversas estórias folclóricas que foram inventadas para trazer lições para a vida ou simplesmente para fazer medo às pessoas. Destas estórias originaram-se muitas festas populares em todas as regiões do Brasil. Mas, é normal para o cristão fazer parte das manifestações folclóricas?
Como o Folclore é aclamado por Cultura Popular, aqui no Brasil é comemorado no dia 22 de Agosto, com várias festas, desde 1960 por designação da UNERSCO. As Escolas o têm em seu calendário letivo, e lá estão as nossas crianças, participando, na maioria das vezes, com inocência e sem nenhuma orientação do que aquilo significa e o que se esconde por trás do inofensivo ato cultural.
É impressionante como muitas pessoas, até cristãs, acreditam nos personagens folclóricos, sem ao menos se dá contas que alguns deles têm ligação com a mitologia, com a feitiçaria com o animismo, sem falar da afronta à soberania e à grandeza de Deus como Criador, mantenedor e protetor da Criação.  Vejamos alguns exemplos:
·     Boitatá é uma serpente de fogo, o protetor das matas – uma espécie de deus defensor da natureza. Uma mistura de mitologia e controvérsias doutrinárias, pois a bíblia aponta Deus como Criador e mantenedor do cosmo (At 17.24,25, 28).
·     Currupira, um anão de cabelos cumpridos e pés pra trás também protetor das matas e dos animais, É intolerante como Boitatá a ponto de matar uma pessoa. Sua personalidade e atitude dispensam comentários.
·     Mãe-D’água: versão da sereia, metade pessoa e metade peixe, que encanta homens com seu canto, para levá-los ao fundo das águas. Possui as mesmas características físicas de Dagon, deus dos filisteus. Uma mistura de mitologia, animismo e heresia.
·     Corpo-seco: uma espécie de assombração, uma alma penada, cujo corpo a terra não quis aceitar, por ser uma pessoa mal enquanto com vida. Pela descrição, seria muito dizer que tem uma  ligação com os demônios? E o ataque à doutrina bíblica acerca da morte e lugar intermediário?  Outro Personagem semelhante é a Pisadeira, representada por uma velha de chinelos que aparece para pisar a barriga das pessoas pela madrugada. As descrições e objetivos desta figura lendária teria alguma coisa relacionada a Deus?
·     Saci-pererê: talvez o mais famoso personagem do folclore. Ganhou até um dia para ser comemorado, a saber, 31 de outubro. É representado por um menino negro de uma perna só. Usa um gorro vermelho, com o qual mágicas e um cachimbo; diverte-se com suas travessuras e gosta de acordar pessoas com gargalhada. Mas uma personificação satânica, que afronta as Escrituras Sagradas.
·     Comadre-florzinha: Figura lendária e esotérica representada por uma fada pequena de cabelos longos, que junto com suas irmãs protegem a fauna e a flora. Mas uma a querer tomar o lugar de Deus na criação.
Outros personagens como a Mula-sem-cabeça, o Lobisomem, a Mão-de-ouro, o Boto fazem parte do elenco do Folclore brasileiro que, através de suas estórias escarnecem de Deus, da Bíblia e da Verdade. Mas, tudo parece inocente o inofensivo. Então querem que nossos filhos aceitem isso como verdade cultural. É uma pena que  muitos não percebem que por trás de tudo isso impera o pai da mentira para enfraquecer as verdades da Palavra de Deus além de disseminar doutrinas antibíblicas no coração inocente de nossas crianças e na mente dos incautos. O Apóstolo Paulo Afirma: "Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”. (Cl. 2.8). E mais: “A Timóteo meu verdadeiro filho na fé (...) Como te roguei, quando parti para a macedônia (...)que não ensinem outra doutrina,(...) Nem se deem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé...” (I Tm. 1.3,4).
Queremos sugerir a você que acompanha a esta programação que esteja atento, pois o deus deste século procura nos atacar nas coisas que parecem menos inofensivas. Até mesmo as belas lendas folclóricas como a da vitória-régia e da mandioca possuem elementos ocultistas e motivações negativas; o mesmo pode se afirmar das cantigas de roda, que todos nós amamos quando crianças, em sua grande maioria escondem sentimento de vingança, assassinato, maus-tratos a animais, prazer no sofrimento alheio, zombaria do bem e da moral, feitiçaria etc. Peço que você analise cuidadosamente, O Cravo e a Rosa; Pai Francisco; Atirei o Pau no Gato; Cai, Cai Balão; Ciranda, Cirandinha; A Canoa Virou etc. Sei que posso parecer exagerado, mas aceite o desafio de analisar e depois tire suas conclusões. Pergunte pra você mesmo o que tem a ver tais letras com as crianças. Entenda por inferência, o que está escondido nas expressões aparentemente inocentes. Veja algumas parlendas, que são  corinhos folclóricos para crianças, e tente entender o que querem dizer determinadas expressões como:
– Cala a boca
– Cala a boca já morreu
Quem manda em você sou eu!

Era uma bruxa
À meia-noite
Em um castelo mal-assombrado
Com uma faca na mão
Passando manteiga no pão

"Hoje é domingo,
Pede cachimbo
O cachimbo é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
Machuca a gente
A gente é fraco
Cai no buraco
O buraco é fundo
Acabou-se o mundo.”


Outro elemento do folclore brasileiro que merece destaque são as superstições e as simpatias, que se constituem em práticas agoureiras. São crendices que são ensinadas para se evitar coisas ruins e para atrair coisas positivas. A bíblia, portanto, condena tais coisas, enfaticamente. Em Isaias 2.6, está dito: “Certamente abandonaste o teu povo, os descendentes de Jacó, porque eles se encheram de superstições dos povos do leste, praticam adivinhações como os filisteus e fazem acordos com pagãos”. Na narrativa tristonha de Manassés, encontramos a descrição de seus pecados, dentre ele o escritor denuncia: “E até fez passar a seu filho pelo fogo, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e ordenou adivinhos e feiticeiros; e prosseguiu em fazer o que era mau aos olhos do Senhor, para o provocar à ira.”( 2 Reis 21:6). O povo judeu, infelizmente, adotou fábulas, das quais Paulo, advertindo a Tito diz: “Não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade.” (Tt 1.14).  Também os gnósticos, nos dias apostólicos inventaram estórias, que o apóstolo Pedro condenara ao afirma: “... não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo...” (2 Pe. 1.16)  Tanto as fábulas judaicas como as mestres gnósticos, tratava de um conjunto de estórias supersticiosas, que Paulo chama de “fábulas profanas e de velhas” (1 Tm. 4.7)as quais podem ser chamadas de estórias folclóricas dos tempos bíblicos.
As superstições folclóricas (fábulas e simpatias) são praticadas como forma de receber um benefício ou para dá sorte: como:
·     Para expulsar maus espíritos: colocar sal numa panela e esquentar no fogo.
·     Para afastar mau-olhado: Espalhar sal grosso nos cantos da casa;
·     Para bebê para de soluçar: dá três goles de água;
·     Para ter sucesso na plantação: plantar alho na sexta-feira santa
·     Para ter sorte durante o ano: pular três ondas no dia de ano novo
·     Para atrair sorte, paz, saúde e dinheiro: Usar roupa branca no primeiro dia do

Outras práticas são:

·     Quebrar um espelho produz em sete anos de azar.
·     Entrar em casa com terra de cemitério nos pés pode provocar a alguém da casa.
·     Passar por debaixo de uma escada traz azar.
·     O canto  da coruja é mau agouro

Bem, note que as festas, as práticas, as estórias, as lendas, as superstições e simpatias do Folclore brasileiro, estão relacionadas à crendices, atividades e práticas ocultas e espirituais que não se coadunam com a nossa fé e vida cristã. Devemos ter cuidado para não para não fazer parte da previsão paulina: “E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”. Preferimos, portanto, seguir o ideal da palavra de Deus, que é nosso manual de fé e de comportamento. 

4. Manifestações Culturais Específicas

Já vimos que a cultura brasileira foi organizada, primeiramente, pelos costumes dos índios, dos colonizadores portugueses e dos escravos africanos. Depois os imigrantes japoneses, italianos, árabes, alemães e outros deixaram a sua contribuição.  Hoje, cada região possui suas manifestações culturais: Ex: O nordeste tem o frevo, a capoeira, o bumba meu boi, o maracatu etc.; O Centro-Oeste tem as cavalhadas a procissão do fogaréu, o cururu etc.; No norte tem círio de Nazaré, a festa do boi-bumbá etc; No sudeste tem a congada; a festa do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, com destaque para a peregrinação a Aparecida; o peão de boiadeiro etc. No Sul tem as tradições dos antepassados: a festa da uva; o fandango etc. Bem, o dileto ouvinte pode nos perguntar: não seria preconceito ou discriminação, nós cristãos não aceitar estas festas: O que há de errado, participar de manifestações populares, visto que fazem parte da expressão cultural de nosso povo?
Primeiro vamos entender o que é preconceito. O dicionário Michaelis o define como: “Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados.” Logo, ter uma forma de pensamento ou conclusão de alguma coisa com base na observação e comparação de fatos, não se constitui um preconceito, pelo contrário, é um conceito firme e definido. Nosso  pensamento a respeito dos aspectos culturais constitui-se numa opinião formada,  na análise  da cultura à luz na palavra de Deus, das nossas convicções religiosa e de nossos valores.
Não precisamos aderir os costumes de determinado grupo, para sermos patriotas; nós mesmos temos os nossas tradições: A Bíblia as chama de “bons costumes” (I Co. 15.33) e de “tradições que nos foram ensinadas” (I Ts. 2.15). E não quer dizer que somos preconceituosos e discriminadores porque não aceitamos os valores culturais predominantes de nossa sociedade.
Além destes grupos sociais originais, novos grupos têm surgido na sociedade pós-moderna. Do final do século passado pra cá, expressões como: igualdade de direitos, a filosofia inclusiva; multicularidade; globalização; respeito à diversidade, etc. se tornaram comuns entre nós.  Novas agregações sociais vêm se firmando no Brasil e no Mundo. Dentre estes grupos, os mais influentes, talvez sejam as chamadas “tribos urbanas”, que plantou uma cultura subversiva, influenciando a moda, a música, os aspectos linguísticos, os costumes e maneira de principalmente na juventude. Dentre estes grupos estão os punks, os hippies, drag queens skinheads e outros.
Movimentos socioculturais individualistas foram surgindo e se estruturando, como a Consciência Negra; MST; Marcha do Orgulho Gay; Movimento Feminista; Marcha pela Maconha e outros grupos que se estabelecem na busca de direitos individuais.
Quais as principais razões para o cristão não fazer parte de alguns  movimentos socais? Por que participamos das expressões culturais se fazemos parte da sociedade? (...)
Bem, isso é  questão de fé e  bom senso. Maioria dos costumes e representações culturais de nossa comunidade está relacionada à idolatria, esoterismo, feitiçaria, religiões ocultas, seitas, orgias, bebedeiras, sensualidade etc. Então, não praticar não se constitui preconceito, e sim preservação de nossos valores cristãos e resguardo de nossa identidade. É respeito à bíblia, não ação discriminatória. É convicção religiosa, não postura social arcaica.
Quanto às manifestações dos grupos socais tradicionais não acordamos porque do ponto de vista legal, todos são iguais. Os direitos são os mesmos para qualquer cidadão, então se cada grupo se organizar com discurso do tipo “queremos ser respeitado” ou “queremos que se criem direitos para nós” é pura ignorância, porque a Constituição Federal, já garante isso. Nossa postura não é fundamentalista é justa, tanto diante da lei dos homens, como diante da Lei de Deus.

     Concluímos dizendo que se a cultura dos grupos sociais for antagônica aos nossos valores, ainda que nos chamarem de preconceituosos, vamos permanecer com a mesma posição. Pois é melhor desagradar à sociedade do que entristecer ao Espírito Santo de Deus.

5. Festas Pagãs Cristianizadas 

O Brasil é considerado o segundo maior país cristão do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. É, também, como temos visto esta semana, um País de muitas culturas e muitas influências religiosas. Assim sendo, muitas festas ditas cristãs, foram adaptadas de festas pagãs ou tem uma estreita relação com elas, e hoje fazem parte do Bojo cultural do povo brasileiro, sendo um grande aliado do consumismo no País, como é o caso do carnaval, da páscoa, das festas juninas e do natal. Mas, é correto o crente comemorar estas festas com a proposta socioeconômica que a cultura brasileira impõe?
Bem, há muitas outras festividades, mas vamos nos ater a estas quatro, porque elas foram cristianizadas, adaptadas ou associadas ao paganismo, a fim de atender as conveniências culturais, econômicas e religiosas no contexto que elas estão inseridas. Duas delas, poderemos afirmar que comemoramos, porém,  não nas preposições que a sociedade comemora – no caso a Natal e da Páscoa, comemorações respectivas do nascimento e morte de Jesus pela cristandade. 
Quanto ao Natal, muito embora a bíblia não incentive a comemoração do nascimento de Cristo, nós evangélicos, adotamos uma postura de celebração espiritual, com cultos onde lembramos o nascimento do nosso Salvador, com louvor e adoração, (ou pelo menos deveria ser assim), uma vez que nosso calendário tem uma data para isso. Temos consciência que a data foi estabelecida com outros fins, portanto, mantemos a data, mas não a forma de celebração, porque os elementos natalinos foram cristianizados para atender as exigências da Cristandade.
Os símbolos natalinos nada têm a ver com o Nascimento de Jesus, eles foram importados de culturas pagãs e adaptados ao cristianismo. O tempo é e o espaço, nãos nos permitem fazer uma análise detalhada, mas é bom lembrar que o Papai Noel, a Árvore de Natal os objetos lumíferos e multicolores, os comes e bebes com esbanjada fartura, além de ferir o princípio da simplicidade que marcou o dia do nascimento do Cristo, estão relacionados, em sua grande maioria, à lendas,  idolatria e paganismo. Associaram o Natal à Festa pagã do deus Sol, que Roma comemorava em 25 de Dezembro, copiando os ritos de celebração e adaptando ou criando símbolos similares àqueles utilizado aos povos antigos. Por esta e outras razões, não comungamos com a maneira que a cristandade comemora o Natal.
A outra festa que nós cristão celebramos, ou na verdade lembramos, mas não seguimos o princípio de celebração popular é a Páscoa. Em primeiro lugar, esta é uma festa judaica, não cristã, e, a morte de Jesus é celebrada na Santa-Ceia, esta sim é puramente cristã e ordenada pelo próprio Jesus. Logo, não comemoramos a Páscoa judaica e, pior ainda a Páscoa cristã, por motivos que passaremos a seguir. Celebramos, reitero, a morte de Jesus, na Santa ceia.
A Páscoa cristã, muito embora tenda a comemorar a morte e a ressurreição de Jesus, em se tratando dos elementos e dos objetivos são totalmente diferentes. Os elementos alegóricos como: coelho, ovos coloridos, peixe e outros, nada, absolutamente nada têm a ver com a Páscoa bíblica, muito menos, com a morte e ressurreição de Jesus, e sim, estão diretamente associados ao paganismo. Veja o contraste: A Páscoa bíblica tem o cordeiro como animal, que, aliás, é símbolo do Senhor Jesus; A Páscoa da cristandade tem como animal simbólico o coelho, que é o símbolo da fertilidade dos povos antigos e cultuado no paganismo; A Páscoa bíblica era realizada com carne assada na brasa, pães sem fermento e ervas amargosas, comidas nada agradáveis; A Páscoa, dita cristã celebrada com ovos de chocolate, bolos e outros pratos deliciosos. Os ovos, que antes eram ovos de galinha coloridos, símbolo nascimento, e tendo ligação pagã, foi substituído por ovos de chocolate, para atender, claro ao apelo consumista e garantir a fortuna de muitos que tem interesses puramente lucrativos e não religiosos. Outro fato importante é quanto à quaresma, que do latim, quer o quadragésimo dia,  que está relacionado ai chamado ciclo pascoal. Na verdade este período é uma ponte entre o Carnaval e a Páscoa, fazendo com que a última dependa da primeira; Os dias da comemoração da páscoa dependem de quando o Carnaval for comemorado, porque a Quaresma só é contada depois da quarta-feira de cinzas. Não sei se o ouvinte sabia disso, mas convido-lhe a aprofundar suas pesquisas neste assunto e verá que estes quarenta dias está relacionado a uma entidade religiosa chamada Tamuz (leia Ez. 9.17). Logo, a páscoa cristã é uma festa cultural que nós, não devemos comemorar dado sua ligação como paganismo e com o sistema lendário dos povos antigos.
As outras duas festas nós reprovamos na íntegra. A primeira é o carnaval, aclamada como parte do patrimônio cultural de nossa gente. Acredito que, a natureza dessa festa, sua origem e os muitos emblemas sincronizados com a irreverência, com a perversão e com o sarcasmo generalizado dispensa qualquer comentário. Não comemoramos a festa de Momo, porque fere o padrão de pureza e espiritualidade do evangelho que Jesus ensinou.
Finalmente, as festas juninas. Estas festividades estão relacionadas a um festival pagão do solstício de verão, que era comemorado em 24 de junho. Aliás, o nosso sexto mês tem este nome em homenagem a deusa romana Juno, assim como o mês anterior à deusa Maia. Neste mês havia as festas de verão atribuídas a esta deusa. Logo, como já se tinha definido o dia de Natal em 25 de Dezembro, retroagindo seis meses (o tempo que João Batista era mais velho que Jesus) chegou-se, então, exatamente ao Mês de Junho. Então, o dia 24 que já era a festa em homenagem a deusa Juno, foi cristianizado como a festa em homenagem a João Batista. Subtende-se que tal festa dita cristã, arranjou-se convenientemente ao paganismo romano, assim como a gama de elementos relacionados a estas festas.
Conclui-se, portanto que, as festas juninas fazem parte das festas populares do povo brasileiro, mas não se coadunam com a nossa fé e com os nossos valores. Neste particular, mesmo fazendo parte do segundo pais mais cristãos do mundo, não aderimos certas festas religiosas porque foram cristianizadas, ou são adaptações de festas pagãs que, em sua essência contradizem a nossa fé e a verdadeira cultura cristã.

6.  Como Equilibrar a Cidadania Terrena e A Cidadania Celestial

A Bíblia ratifica que somos cidadão da Terra e dos Céus. Ambas as cidadanias são efetivadas com direitos e deveres. Como cidadão da Terra temos compromisso com nossa Pátria e com suas leis, compromisso estes, exigidos pela Palavra de Deus. Portanto nossa conduta como cidadão da Terra nunca deve por em xeque os nossos valores que sustentam nossa cidadania celestial. A Cultura de nosso povo não pode está acima de nossa fé e nenhuma lei deve se estabelecer, exigindo fidelidade incondicional à cultura. Logo, há um limite entre a cidadania terrena e a celestial, no que diz respeito às questões culturais.
Sabemos, decerto, que o poder de influencia da cultura é muito forte, principalmente numa geração que possui costumes volúveis, indefinidos e mutáveis como a nossa. As pessoas permutam sua identidade suscetivelmente; abraçam a tendência em detrimentos dos princípios; aceitam as propostas culturais como ditadura de comportamento e têm a mídia como instrumentos que determinam como elas devem ser. Pouco importa se o que está sendo proposto é justo, ético ou equânime ao bem, o que importa é que está em voga, está em alta e é o que todos fazem. Agora analisemos: E, qual deve ser a postura do Cristão? Ele está inserido neste contexto.  São jovens, ou não, que estão tendo contato constantemente com estas novas aglomerações; São pessoas que estão interligadas ao mundo através das redes sociais e, infelizmente, são pessoas que presenciam a cada instante a apologia e a busca pela institucionalização de tudo aquilo que elas têm como errado, no campo da moral e da fé. Aí surge a pergunta: E se a maioria concordar com determinadas coisas? E se as PLs que tramitam no Congresso Nacional e  no Senado forem aprovadas? E se aquilo que um pequeno grupo reivindica se massificar? Deve o Cristão, também, concordar? Não será ele taxado como um revolucionário ou subversivo ou antissocial se tiver opinião contrária?  Ora, é nesta situação que devemos enxergar a linha tênue que separa a cidadania da terra e a celestial.
A bíblia apresenta, por diversas vezes a obrigação do crente como cidadão da Terra. Paulo afirma em Tito 3:1: “Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra”. Ainda recomenda que “Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores...” (Rm. 13.1) Porém, é bom entender que é do querer de Deus que as autoridades legislem e governem com equidade e com sabedoria, como bem afirmou Salomão: “Por mim (pela sabedoria) reinam os reis e os príncipes decretam justiça. (Pv 8:15) Pois quando as normas humanas denigrem as leis de Deus, sobrepõe o que disseram os apóstolos de Jesus: “...Mais importa obedecer a Deus do que aos homens”. (At.5:29).
Observa-se então que Pedro Sabia diferenciar uma coisa da outra: Se por um lado ele afirmara: “Sujeitai-vos a toda autoridade humana, por causa do Senhor, quer ao rei, com soberano, quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem.” (1 Pe 2:13), por outro lado, partiu dele a expressão, já lida de Atos 5.29. Logo, o ser sujeito às autoridades, não diz respeito a uma obediência cega e irresponsável, e sim, se trata de uma obrigação sensata e, sobretudo, criteriosa, no exercício da cidadania, mas que não afronte a reputação dos princípios que nos identificam como cidadão do Céu e súditos do Reino de Deus.
 Sinteticamente entendemos que temos obrigação em obedecer às leis que nos orientam como cidadãos da Terra, mas se estas leis nos impulsionam à rebeldia da Palavra de Deus, devem ser desconsideradas, porque a nossa cidadania espiritual sobrepuja a terrena. Nenhum costume, influência cultural ou tradição deve corromper nossos valores: Jesus, aliás, censura um grupo de religiosos, dizendo: “... Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição”. (Mc 7:9). Em suma, anular os ditames da Palavra pela influencia da Cultura é lerda insensatez.
Concluímos dizendo, que Deus estabelece autoridades para estabelecerem uma sociedade ordeira e justa. A Cultura, muitas vezes, vem imbuída às leis humanas, como estratégias malignas, para que nós cristãos, nos veja no dever de obedecê-la. Porém, nosso bom senso, nosso respeito à Palavra de Deus e nossas convicções devem falar alto e destemidamente que, primeiro os preceitos de Deus, depois às leis humanas; Primeiro nossos valores, depois os elementos culturais; primeiros os ideais de nossa cidadania celestial e só depois os regulamentos da cidadania terrena.